quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

01. No Fio da Navalha



No Fio da Navalha

Hoje foi um dia difícil
E a minha vida não tem sido fácil
Acho que estou cheio de vícios
Cheio de medos mal disfarçados
Sinto que estou aprisionado
Sendo escravo de mim mesmo.
Olha, veja só, quem diria...
Ó quem diria não me diga...

Quando baterem à porta
Por favor, diga que eu fui embora
Não veja, não abra, não diga mais nada
Não lembre meu nome, nem o sobrenome
Nem a cor dos meus olhos
Nem o que eu lhe disse

Agora estou fora de perigo
Seguro que estou na cama instável
Durmo e sonho um sonho de abrigo
Enquanto me equilibro no fio da navalha
Desperto, descubro meu corpo ainda frio
Mas antes me reviro de lado a lado
Olha, quem diria que assim seria...
Ó quem diria que não valeu nada?

Quando chamarem meu nome
Corra sem parar, sem olhar pra trás
Não tropece, não caia, não pense em mais nada
Vá o mais longe possa, não interessa onde
Nem quando voltar
Nem porque fiz aquilo.

Hoje foi somente o início
E esse suplício é o preço que pago.

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