quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

03. Dois


Dois

Dê-me seu beijo, pois, dele eu preciso
E o seu sorriso faz do resto efêmero
Dê-me um tempo, pois, dele eu preciso
Foram imprecisos meus passos até aqui

Vim sem saber o que fazer pra valer a pena
E agora o espelho me condena

Quando um não quer, dois não brigam
Dois não beijam, dois não deixam pra depois
Quando um é dois, três é demais
E agora a paz partiu meu coração

Fique distante e não diga nada
Que suas palavras não fluem no abismo
Eu não preciso deste olhar
Pois, o que fiz foi por haver amor

Foi sem saber o que fazer pra fazer sentido
E agora, solidão, fique comigo

Se o amor é são, o amor em si,
O amor deve ser libertador
Se a dor é sã, ciente de si,
A dor será elemento criador

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